As primeiras faianças de Lisboa

A mais antiga prova documental do fabrico de faiança em Lisboa data de 1565. A cidade tinha dois grandes centros de produção, nas zonas oriental e ocidental.

É no Livro do Lançamento e serviço que a cidade de Lisboa fez a el-rei nosso senhor no ano de 1565, no qual consta a morada de João de Gois, “mestre de malega branca”, que se encontra a  primeira referência documental ao fabrico de faiança. Luís Sebastian, investigador da NOVA FCSH, parte desta e de outras fontes para identificar geograficamente a produção de faiança em três centros do país – Lisboa, Coimbra e Vila Nova de Gaia – na sua dissertação de doutoramento (2010) em História, especialidade de Arqueologia.

Em Lisboa Oriental, os oleiros distribuíam-se pelas zonas da Graça, Mouraria, Santa Justa, Castelo, Sé e Anjos. Já na zona ocidental, concentravam-se nas freguesias de Santa Catarina, Janelas Verdes, Santos-o-Velho e Mártires. A primeira listagem quinhentista identifica cerca de 40 oleiros e 15 obreiros na zona oriental e 10 oleiros na zona ocidental, número que iria crescer exponencialmente no século XVII.

  • Sabia que a faiança inclui toda a cerâmica coberta de vidrado de chumbo opacificado pela adição de óxido de estanho?
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