Um palácio às portas de Lisboa

Com a fachada principal voltada para o Largo de São Sebastião da Pedreira e muros até ao cruzamento da Rua Marquês de Fronteira, o Palacete de Eugénio de Almeida definia os limites da cidade, no século XVIII.

José Maria Eugénio de Almeida (1811-1872) foi um dos capitalistas mais importantes do século XIX. A par das suas actividades financeiras e bolsistas, foi deputado setembrista, provedor da Real Casa Pia de Lisboa e, nessa qualidade, o responsável pelas obras de complemento e restauro do mosteiro e da igreja de Santa Maria de Belém.

Em 1858, compra um palácio arruinado, mandado construir em 1730 por Fernando de Larre, Provedor dos Armazéns, e entrega o plano da sua reedificação ao arquiteto francês Jean Colson. Compra também vários imóveis que rodeiam o palácio, demolidos posteriormente, porque escondiam a fachada palaciana. Em 1857, adquire a Quinta da Provedoura, que transforma anos mais tarde no Parque de Santa Gertrudes, um jardim particular com cocheiras e cavalariças delineadas por Giuseppe Cinatti, e uma rara qualidade paisagística e arquitetónica, da responsabilidade de Jacob Weifs.

A propriedade, também conhecida como Palácio Vilalva, com um total de 86 mil metros quadrados, era considerada pelo próprio Eugénio e Almeida o “portal de Lisboa”. O jardim subsiste hoje, e acolhe as instalações da Fundação Calouste Gulbenkian. O palácio foi convertido, em 1946, na sede do Governo Militar de Lisboa.

A história deste palacete e do seu proprietário está resumida neste artigo (2006) de Joana Cunha Leal, historiadora de arte e docente da NOVA FCSH.

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