Luxo e erotismo no Convento de Santana

Freiras do Convento de Santana viviam num ambiente de luxo, concluíram investigadores da NOVA FCSH ao encontrarem peças de raro valor em escavações feitas entre 2002 e 2010.

Porcelanas chinesas da dinastia Ming, peças de cerâmica de origem vietnamita, faianças portuguesas e outros artefatos italianos e espanhóis foram encontrados por arqueólogos da NOVA FCSH, que coordenaram escavações feitas no antigo Convento de Santana, considerado o maior convento feminino da capital nos séculos XVII e XVIII.

A descoberta foi “surpreendente”, afirmam, dado o valor e a raridade das peças – uma delas, uma taça de porcelana chinesa com motivos eróticos, parece ser única no mundo. Os investigadores concluíram que as freiras deste convento viviam em ambiente de luxo, provinham de famílias nobres e tinham as suas próprias criadas.

O antigo Convento de Santana, onde hoje se encontram edifícios da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, chegou a acolher 300 pessoas, das quais 130 religiosas.

Outras conclusões das escavações estão disponíveis neste artigo publicado em 2015 por Mário Varela Gomes, Rosa Varela Gomes e Tânia Manuel Casimiro.

Legenda da imagem: igreja do Convento de Santana (entre 1900 e 1945). Fotografia de José Bárcia (Arquivo Fotográfico de Lisboa).

Escrito por
Dora Santos Silva

Professora do Departamento de Ciências da Comunicação da NOVA FCSH. Coordenadora editorial do +Lisboa.

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