Rafael Bordalo Pinheiro ilustrou, Artur Cruz Magalhães colecionou e o Museu nasceu. A casa que fica no número 382 da Rua Oriental do Campo Grande é a primeira a ser idealizada e construída de raiz para albergar um museu lisboeta. E mais de três mil obras de Bordalo Pinheiro foram eleitas para aí serem expostas.
Com apenas 17 anos assumiu responsabilidades na fundação do Museu Rafael Bordalo Pinheiro e já negociava peças de arte. Julieta tornou-se historiadora e crítica de arte e organizou as mais importantes exposições na capital no século XX. Uma vida dedicada à arte e à escrita, eternizada numa rua lisboeta.
A cerâmica portuguesa, e a de Lisboa em particular, nunca foi oficialmente distribuída. Um pouco por todo o mundo, estas louças eram parte das baixelas de casas abastadas. Como? Graças aos barcos que partiam do porto de Lisboa para as rotas comercias.
Sabe qual é o significado árabe de Alfama? Este bairro era uma das zonas onde desaguavam águas termais, um ambiente perfeito para banhos públicos. Um projeto de mestrado na NOVA FCSH procura dar a conhecer parte do contributo da arqueologia nesta zona da capital.
Carolina Beatriz Ângelo fez o mais difícil no início do século XX: votar. O ato ficou imortalizado em fotografia, na freguesia de Arroios, em Lisboa, ao lado de Ana de Castro Osório. Porém, ainda havia muitas lutas por travar para a afirmação de género.
Sabia que o edifício onde está hoje o Hospital de São José, junto do Martim Moniz, foi antes do terramoto de 1755 um observatório astronómico? E que devido às reformas políticas do Marquês de Pombal muitos cientistas portugueses tiveram que deixar o país? Conheça algumas histórias das instituições e observatórios através do telescópio de uma tese...
Laureado com o Nobel da Física em 1922, Albert Einstein esteve duas vezes em Lisboa, tendo as duas visitas sido ignoradas pela comunidade científica portuguesa. Nos seus apontamentos, escreveria sobre a capital e as suas gentes.
Curioso por natureza, foi autodidata na juventude. Inconformado com o pessimismo do final do século XIX, Rafael Bordalo Pinheiro foi pioneiro no jornalismo ilustrado. As suas caricaturas satirizavam tanto o poder como o povo português.
“Queres fiado… Toma!” é a expressão mais conhecida de Zé Povinho, a caricatura de Rafael Bordalo Pinheiro. Ganhou vida a 12 de junho de 1875 e serviu para satirizar o povo e o poder. O seu nome não foi escolhido ao acaso e as situações também não: até de uma alusão à A Última Ceia Zé Povinho fez parte.
O que têm em comum o rio Tejo, uma baleia e um terramoto? Esta é uma de várias histórias que revelam a face marinha de Lisboa, contadas por Cristina Brito, investigadora do Centro de Humanidades (CHAM) da NOVA FCSH.
Não é novidade que a Baixa lisboeta tem muitos vestígios romanos, mas encontrá-los em locais improváveis é uma descoberta. Foi o que aconteceu na Rua Áurea, antiga Rua do Ouro, em 2014. Tudo por causa de um hotel.
Jornalista e ativista, Maria Lamas desafiou os cânones da mulher no Estado Novo: divorciou-se duas vezes, esteve exilada em França e foi presa quatro vezes. Mãe de três filhas, chegou a passar dificuldades económicas e tornou-se numa figura incontornável na defesa dos direitos das mulheres em Lisboa e no país.
Nasceu para viver apenas 25 anos, mas o seu legado poético permanece intemporal. Mário Sá-Carneiro influenciou a criação de heterónimos de Fernando Pessoa, seu grande amigo, e juntos fundaram a revista Orpheu. Uma vida cheia num curto espaço de tempo.
Nas páginas de dois jornais lisboetas do século passado, a publicidade refletia o estado de Portugal na época de Salazar e da Segunda Guerra Mundial. A realidade dos anúncios não correspondia à situação do país e uma tese de mestrado demonstra o que mudou entre 1929 e 1945.
Sabia que a designação oficial da Torre de Belém é Castelo de São Vicente a par de Belém? Demorou seis anos a ser construída e os seus traços demonstram elementos diferentes de arquitetura. À beira rio plantada, a Torre de Belém é um monumento incontornável de inovação e defesa de Lisboa nos séculos XV e XVI.