Seis décadas após a Restauração da Independência, Portugal foi confrontado com uma difícil escolha: que partido tomar na Guerra de Sucessão ao trono espanhol? D.Pedro II optou por uma manobra arriscada.
A Odisseia, obra-prima da Antiguidade Grega atribuída a Homero, foi um dos primeiros textos traduzidos para latim pelos romanos. Desde então, muitas têm sido as relações estabelecidas entre o herói da guerra de Tróia e a fundação daquela que viria a ser a capital de Portugal.
A ortodoxia cristã cedo se apropriou, no plano simbólico, da mitologia grega. Hércules, o herói que a espada e fogo matou a temível Hidra, servia de feição para representar a luta do bem contra o mal. Uma associação de ideias que a Inquisição portuguesa não deixou de explorar iconograficamente.
Traziam especiarias, sedas, porcelanas ou pedras preciosas, mas também servos da Coroa, religiosos, mercadores e gentes do Oriente e de África. No século XVI, Lisboa foi deixando de se surpreender com o mundo exótico que desembarcava das naus da carreira da Índia.