Sabia que na capital há uma avenida e duas ruas que têm o nome de pintoras? Conheça quem foram e de que forma se notabilizaram no mundo artístico.
Uma avenida e duas ruas de Lisboa homenageiam pintoras portuguesas de diferentes estilos e épocas.
Na freguesia do Lumiar, na urbanização da Quinta do Lambert, a Avenida Maria Helena Vieira da Silva tem o nome daquela que é provavelmente a pintora portuguesa mais famosa do século XX. Autora de obras como La Gare Inondée (1956) ou La Bibliothèque en Feu (1974), Vieira da Silva nasceu em Lisboa e morreu em Paris, cidade onde estudou e viveu grande parte da sua vida.
Na freguesia de São Vicente, no bairro da Graça, encontramos a Rua Josefa de Óbidos que homenageia Josefa de Ayala Figueira, nascida em Sevilha em 1630. A pintora de estilo barroco viveu quase sempre na Quinta da Capeleira, em Óbidos. Filha do pintor Baltazar Gomes Ferreira, Josefa de Óbidos notabilizou-se ao representar nas suas obras figuras de carácter religioso, bem como naturezas mortas. Uma das suas obras emblemáticas é Adoração dos Pastores (1669).
Na freguesia de Belém, a Rua Sarah Afonso, no bairro de Caselas, faz referência àquela que foi a primeira mulher a frequentar as tertúlias do café A Brasileira, no Chiado. A artista plástica, mulher de Almada Negreiros, pertenceu à segunda geração do modernismo em Portugal. Família (1937), auto-retrato da sua família, é uma das suas obras emblemáticas.
Imagem: La Bibliotèque en Feu (1974), de Maria Helena Vieira da Silva (óleo sobre tela). Museu Calouste Gulbenkian.
Trabalho realizado por Augusto Cabrita, na Unidade Curricular de Produção Jornalística, lecionada por Marisa Torres da Silva. do curso de Ciências da Comunicação da NOVA FCSH. Teve como base o dossier Toponímia no Feminino publicado na revista Faces de Eva (1999-2008), cuja fonte principal foi o Gabinete de Estudos Olisiponenses. A distribuição da toponímia por freguesias, realizada naquele dossier, foi atualizada tendo em conta a nova divisão administrativa, de 2012.