As duas epidemias de cólera que atingiram Lisboa, em 1833 e 1855/56, mostram como os médicos passaram de uma classe submissa face ao poder político, para uma classe independente e de destaque na sociedade.
Entre as grandes empreitadas pós-terramoto, o projeto foi pensado ao pormenor, como pode ver-se em desenhos inéditos da frontaria.
Os edifícios desta longa avenida testemunham as várias épocas de crescimento urbano do último século, à medida que a cidade se foi expandido para norte, como mostra o projeto Atlas da Almirante Reis.
São de materiais diversificados e voltaram a ver a luz do dia depois de uma escavação arqueológica no Largo do Coreto. Carlos Boavida, investigador do Instituto de Arqueologia e Paleociências da NOVA FCSH, devolve a função aos artefactos metálicos que foram aí recuperados.
Do Bairro Alto à Junqueira, toda a zona ocidental de Lisboa aparece registada no levantamento cartográfico mais antigo que se conhece atualmente. Foi um acaso que levou à sua identificação.
Começaram a povoar as fachadas de vários prédios lisboetas na década de 1970 e rapidamente se tornaram moda. Mal-amadas por quem as vê, são estimadas pelos proprietários que assim conquistam as varandas para o interior das suas habitações.
Em 1902, o Teatro da Avenida acolheu Tição Negro, farsa lírica inspirada em Gil Vicente, no ano em que se celebravam 400 anos de O Auto da Visitação. Foi considerada pela crítica da época a primeira opereta portuguesa.
Não é pequeno o espaço que hoje identificamos como os Armazéns do Chiado, mas se se tivesse cumprido o projeto original do Convento do Espírito Santo da Pedreira outra história se contaria. O edifício concluído em 1792, depois da grande destruição do terramoto de 1755, tem muito que revelar.