O segundo terramoto mais devastador da História de Lisboa aconteceu a 26 de janeiro de 1531. Um fenómeno com quase 500 anos ficou registado em cartas, crónicas e até versos. Ana Isabel Buescu, professora da NOVA FCSH e investigadora do CHAM – Centro de Humanidades, recorda este terramoto esquecido.
Teatros, jornais e até revistas à portuguesa: nada escapava à censura do Estado Novo. Em plena década de 60 do século passado, nem todas as peças de teatro subiam ao palco e nem todos os filmes passavam na RTP. A censura estava na sua época áurea.
De rosa só tem nome e chão. A Rua Nova do Carvalho, mais conhecida como a Rua Cor de Rosa, no Cais do Sodré, é um dos cartões de visita noturnos de Lisboa. Mas para os residentes, a realidade tem outra cor e é cinzenta: ruído e poluição nas ruas são o prato da noite. Investigadores da NOVA FCSH apontam soluções para estes problemas.
Sabia que as bandas civis e militares eram uma das principais atrações no Passeio Público, hoje a Avenida da Liberdade? E que a estação de comboios do Rossio era antes um jardim de verão onde atuavam as bandas e se lançavam balões? Ao ritmo do metrónomo, uma tese de doutoramento em Ciências Musicais da NOVA FCSH assinala os espaços públicos...
Com o imenso Tejo em fundo, a área mais oriental de Lisboa começa a ganhar contornos criativos e cosmopolitas. As fábricas abandonadas transformam-se em lojas, espaços colaborativos e restaurantes. Mas a traça dos edifícios e as vilas operárias não deixam esquecer o passado.
O economista e geógrafo João Seixas, professor da NOVA FCSH e investigador do CICS.NOVA, antecipou alguns cenários do futuro de Lisboa, ao mesmo tempo que refletiu, no presente, sobre assuntos que marcam a agenda da cidade, do turismo ao arrendamento quase inacessível a uma grande fatia dos portugueses e dos estudantes do ensino superior.
Norberto Araújo, novelista, jornalista e olisipógrafo, recriou a véspera de Natal na Mouraria, na novela Fado da Mouraria. Aquela que era “uma noite igual às outras” parecia nesse ano ter um espírito diferente…
O Bairro Alto foi um dos primeiros bairros históricos de Lisboa a assistir a um rejuvenescimento nas suas artérias. De dia é um espaço familiar, à noite “dia sim, dia sim”, é um local boémio e de convivência. São estas variações que três investigadores do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais e Humanas (CICS.NOVA) da NOVA FCSH analisaram...
Falta de higiene e de cuidados e condições económicas precárias fizeram com que a mortalidade infantil disparasse no final do século XIX. A solução foi criar maternidades e enfermarias dedicadas às mulheres grávidas. Virgínia Baptista, do Instituto de História Contemporânea (IHC) da NOVA FCSH, conta as histórias das primeiras maternidades do...
A criação de uma maternidade pública e com melhores condições para as mulheres foi um dos objetivos defendidos pelo médico obstetra Manuel Vicente Alfredo da Costa. E como do sonho nasce a obra, anos depois da morte do médico seria inaugurada a Maternidade Dr. Alfredo da Costa, a 5 de dezembro de 1932.
Em 2006, as campanhas contra a violência conjugal e doméstica encorajaram várias mulheres a denunciar esta realidade e a colocar um ponto final numa história entre quatro paredes. Só em Lisboa, a PSP recebeu, nesse ano, 11.638 chamadas. Em 2010, este número quase duplicou.
No dia 28 de novembro de 2016, nascia um projeto há muito desejado, mas também um desafio cujo rumo se desconhecia. Tudo em nome de uma cidade que tanta estórias nos tem dado.
A televisão acompanha os portugueses desde 1957. A RTP, com sede em Lisboa, foi a primeira a transmitir programas que se tornaram emblemáticos no panorama musical, como o Festival da Canção e No Mundo da Música. Com eles o modelo de produção musical para televisão afastou-se definitivamente do da rádio.
Discrição. Esta era a palavra de ordem da maternidade Abraão Bensaúde que, com apenas com um envelope, protegia as mulheres grávidas de forma segura e anónima. A investigação de Virgínia Baptista, do Instituto de História Contemporânea (IHC) da NOVA FCSH, revela informações inéditas da única maternidade secreta de Lisboa.
Lisboa é uma cidade envelhecida. Investigadores do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS.NOVA) concluem que os jovens residentes entre os 15 e os 39 anos vivem em zonas mais distantes do centro da cidade. Porém, os bairros históricos estão mais vivos do que nunca.