Um incêndio arrasador e um texto difamatório marcaram os primeiros anos da estadia em Lisboa de religiosos da Ordem de Sião, expulsos de Inglaterra por Henrique VIII. Um artigo de Rogério Miguel Puga, investigador da NOVA FCSH, desvenda a história do primeiro convento inglês a estabelecer-se em Portugal.
Sabia que duas mães e duas filhas que partilharam o palco na primeira metade do século XX têm hoje os seus nomes inscritos em ruas da capital?
Destacaram-se na imprensa entre os séculos XVIII e XX e são hoje recordadas em 13 ruas de Lisboa. Foram mulheres jornalistas num tempo em não era fácil ser mulher nem jornalista.
A criação da primeira escola de jazz do país foi fomentada pela necessidade de profissionalizar os músicos e de fazer chegar o jazz a mais públicos, mas acabou por afirmar-se também como um novo modelo de ensino, alternativo ao do conservatório.
A instalação de iluminação no século XIX foi pensada como uma medida de segurança comunitária, mas acabou por alargar as horas de ócio e cultura, fazendo efervescer uma nova faceta da cidade: a da Lisboa boémia.
“O Movimento das Forças Armadas prosseguirá na sua ação libertadora” era o título em parangonas da segunda edição do Diário de Lisboa, no dia 25 de abril. A cobertura do vespertino ficou marcada pela ingenuidade e pelo deslumbramento, descreve uma investigadora da NOVA FCSH.
Nasceu no período da monarquia, viveu durante a Primeira República e o Estado Novo e morreu depois do 25 de abril, em 1983. Foi uma personalidade marcante pelo seu papel enquanto ativista a favor das causas feministas e dá nome a rua perto das Portas de Benfica.
Diz-se que é uma das zonas mais ricas em edifícios de tipologia operária – conhecidos como vilas operárias –, solução encontrada pela cidade para acolher os trabalhadores fabris vindos de todo o país, mas é muito mais do que isso. Descubra neste roteiro uma outra Graça, onde figuras literárias, fado e outras teias de cultura se cosem com a...
Nos anos de 1970 e 1980, passaram pelo no n.º 79 do Largo da Graça, no rés-do-chão da Vila Sousa, algumas das personalidades mais relevantes das artes e letras portuguesas. Mas a maior delas seria talvez a anfitriã.
Os sons de um bairro estruturam as experiências nos seus espaços públicos. Quem o diz é Iñigo Sánchez, investigador da NOVA FCSH, que explorou o impacto do recente programa de requalificação urbana da Mouraria no seu ambiente sonoro.
Escritora, professora e olisipógrafa, Angelina Vidal usou as palavras para promover os direitos das mulheres operárias, que viviam com grandes dificuldades financeiras. Esta foi uma realidade que também conheceu de perto na maior parte da sua vida.
“Enterrar os mortos e cuidar dos vivos”, frase que terá sido proferida por Marquês de Pombal após o terramoto de 1755, levou um investigador da NOVA FCSH a uma questão: como foi então a resposta da medicina à maior catástrofe natural em Lisboa?
Em passeios por Lisboa, é usual ver um ou outro prédio mais antigo com as janelas emparedadas. Esta opção não revela uma decisão estética de mau gosto, mas um imposto que vigorou no século XIX.
Sabia que o cheiro e as formas do loureiro, uma das primeiras árvores avistadas por aqueles que atracavam no porto de Lisboa, inspiraram viajantes do século XIX e inícios do século XX? Nesse tempo, houve quem a contrastasse com a poluída e industrial capital britânica.
Durante quase uma década (1999-2008), a revista Faces de Eva, da NOVA FCSH, organizou por freguesias a toponímia no feminino da cidade: de bairros e avenidas a praças e becos. A série “Lisboa no feminino” conta as histórias que esses nomes revelam.