Professoras do ensino superior em ruas de Lisboa

Criaram departamentos em universidades, dirigiram cursos e elevaram o mérito destas instituições. Estas são as professoras ligadas ao ensino superior que deixaram marca nas ruas de Lisboa. 

Maria de Lourdes Belchior (1923-1996) foi membro do conselho fundador da Universidade Nova de Lisboa (1973-1975), secretária de Estado da Cultura (maio a outubro de 1974) e diretora do Centro Cultural Português da Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris (a partir de abril de 1989). Filóloga, ensaísta, investigadora e poetisa, foi a criadora do departamento de Filologia Românica da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e ainda docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL). O seu nome foi dado a uma rua do bairro das Olaias, na freguesia do Areeiro.

Da mesma área, Carolina Michaëlis de Vasconcelo (1851-1925) foi, em 1911, a primeira mulher a ser nomeada para lecionar numa universidade portuguesa –  a FLUL. Contudo, não querendo sair do Porto, onde residia, obteve transferência para a Universidade de Coimbra. Foi homenageada com o seu nome numa rua na freguesia de Benfica.

Licenciada em Filologia Clássica, Maria Leonor Buescu (1932-1999) foi docente da NOVA FCSH, onde fundou a disciplina de Estudos Camonianos. Assegurou, quer nesta faculdade quer na FLUL, várias cadeiras nas áreas de História, Línguas e Literaturas Modernas e Estudos Anglo-Portugueses, dada a sua versatilidade académica. O seu nome está numa rua da Quinta da Luz, na freguesia de Carnide.

É na freguesia de Carnide que se encontra também uma rua com o nome de Adelaide Cabete, considerada uma das principais feministas do século XX. Dirigiu o curso de Higiene e Puericultura na Universidade Popular Portuguesa e foi médica e professora do Instituto Feminino de Educação e Trabalho.

Constança Capdeville (1893-1992) lecionou Música Contemporânea em várias instituições universitárias, entre elas a NOVA FCSH. Compositora, intérprete e pianista, foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Cultural pelo Conselho Português de Música. O seu nome foi dado a uma rua do bairro da Ameixoeira, na freguesia de Santa Clara.

No bairro de Telheiras, freguesia do Lumiar, encontra-se uma rua com o nome de Virgínia Rau (1907-1973), historiadora e professora da FLUL. Virgínia Rau foi a primeira mulher a dirigir a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1964-1969).

Trabalho realizado por Ema Gil e Marta Carreiro na Unidade Curricular de Produção Jornalística, lecionada por Marisa Torres da Silva, do curso de Ciências da Comunicação da NOVA FCSH. Teve como base o dossier Toponímia no Feminino publicado na revista  Faces de Eva (1999-2008), cuja fonte principal foi o Gabinete de Estudos Olisiponenses. A distribuição da toponímia por freguesias, realizada naquele dossier, foi atualizada tendo em conta a nova divisão administrativa, de 2012.

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