Em 1598, Georg Braun publica a primeira planta conhecida da cidade. Nessa panorâmica, um investigador da NOVA FCSH identificou quinze conventos da urbe do século XVI.
A grandeza da Lisboa dos Descobrimentos captou a atenção do topógrafo alemão Georg Braun, editor da monumental obra Civitates orbis terrarum, com 556 mapas, panorâmicas e perspetivas de cidades europeias, publicada entre 1572 e 1617. Lisboa é representada no primeiro volume, de 1572, e no quinto, de 1598. A segunda gravura é a primeira planta conhecida de Lisboa, cujo desenho original poderá datar de 1567.
Para exemplificar o valor iconográfico e histórico da gravura, o historiador de arte José Manuel Garcia identificou neste artigo quinze conventos nela representados e que refletem a religiosidade da Lisboa renascentista: São Francisco, Nossa Senhora do Carmo, Santíssima Trindade, São Domingos, Santo Elói, São Vicente de Fora, Nossa Senhora da Graça, São Roque, Santo Antão, Salvador, Nossa Senhora da Rosa, Nossa Senhora da Anunciada, Nossa Senhora da Esperança, Santa Ana e Santa Clara.
Legenda da imagem: Lisboa em 1572, Civitates Orbis Terrarum, Georg Braun e Frans Hogenberg.