É, por excelência, o arquiteto das Avenidas Novas não só pelo número de obras que realizou, mas também pela capacidade de seguir as tendências arquitetónicas que se sucederam entre 1900 e 1930.
A afirmação é de Raquel Henriques da Silva, do Departamento de História de Arte da NOVA FCSH, e foi feita no âmbito da sua tese de mestrado (1985), intitulada “As Avenidas Novas de Lisboa, 1900-1930”.
Manuel Joaquim Norte Júnior (1878-1962) estudou em Lisboa e em Paris e passou, em viagens de estudo, por Espanha, França e Bélgica. A sua primeira obra – a Casa Malhoa (1905), hoje Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves – mereceu o Prémio Valmor, o primeiro de sete que iria arrecadar, além de duas menções honrosas.
Detentor de uma estética eclética, oscilante entre o geometrismo, o luxo e elementos decorativos ostensivos e orgânicos, inspirados na Arte Nova, Norte Júnior projetou dezenas de edifícios pela cidade, entre os quais moradias na Avenida da República, o Café Nicola, no Rossio, o Royal Cine, na Graça, e a Pensão Tivoli, na Avenida da Liberdade.
Explore na galeria de imagens os Prémios Valmor que arrecadou e outros edifícios emblemáticos que projetou.