O realojamento dos residentes dos bairros precários que compunham a paisagem urbana do Alto do Lumiar foi um processo de exceção mas a convivência entre classes sociais permanece incipiente. Será esse o grande desafio da Alta de Lisboa?
A 13 de outubro de 1917, há precisamente um século, os jornais portugueses anunciavam a vinda dos Ballets Russes a Lisboa. Almada Negreiros ficou tão entusiasmado que, no dia seguinte, escreveu um manifesto sobre a companhia de bailado e um dia depois aludiu, noutro texto, à ação da guerra sem saber que vinha aí a Revolução de Outubro na Rússia.
Até final da década de 1960, Telheiras era uma zona rural com quintas, um bairro-jardim e a Escola Alemã. É hoje uma referência urbanística na relação entre o centro cívico, as escolas e a associação de moradores.
Na segunda parte da série especial dedicada a bairros sustentáveis de Lisboa, o olhar demora-se em Olivais-Sul. Edificado a partir de 1960, foi alvo de uma visão urbanística que não se tornou totalmente realidade.
As épocas eleitorais eram um dos momentos mais agitados da vida política nacional, mas a noção de “campanha eleitoral” era uma tradição urbana, ligada a Lisboa, principal centro político do país. Raramente eram apresentados programas eleitorais e só a partir de 1905 é que os comícios se tornaram frequentes na capital, privilegiando a zona dos...
Em 1936, Lisboa acolheu o I Congresso Nacional de Turismo, organizado pelo Secretariado de Propaganda Nacional. O Estado Novo queria que os turistas pudessem usufruir da ordem, da tranquilidade e dos monumentos de um país recentemente reerguido graças ao homem que conduzia o leme: António Oliveira Salazar.
Alvalade (1945), Olivais-Sul (1960) e Telheiras-Sul (1974) são referências de bairros que integraram equipamentos coletivos nos seus planos urbanísticos. O resultado foi uma autonomia e melhor qualidade de vida para quem lá reside. Neste especial de três partes, Alvalade toma a dianteira.
Foi eleito o melhor bairro de Lisboa para se viver em 2012, os moradores gostam de ser associados à zona e foi um dos locais de preferência dos arquitetos para viver e trabalhar. Contudo, uma tese de doutoramento em História Contemporânea da NOVA FCSH contraria a própria denominação do Restelo como bairro.
Sabia que um dos maiores conjuntos de azulejos com representações de música militar se encontra no Palácio Fronteira, em Lisboa? Luzia Rocha, investigadora da NOVA FCSH, identificou mais de 30 motivos nos painéis que revestem a Sala das Batalhas.
A instalação de iluminação no século XIX foi pensada como uma medida de segurança comunitária, mas acabou por alargar as horas de ócio e cultura, fazendo efervescer uma nova faceta da cidade: a da Lisboa boémia.
Os sons de um bairro estruturam as experiências nos seus espaços públicos. Quem o diz é Iñigo Sánchez, investigador da NOVA FCSH, que explorou o impacto do recente programa de requalificação urbana da Mouraria no seu ambiente sonoro.
“Enterrar os mortos e cuidar dos vivos”, frase que terá sido proferida por Marquês de Pombal após o terramoto de 1755, levou um investigador da NOVA FCSH a uma questão: como foi então a resposta da medicina à maior catástrofe natural em Lisboa?
Em passeios por Lisboa, é usual ver um ou outro prédio mais antigo com as janelas emparedadas. Esta opção não revela uma decisão estética de mau gosto, mas um imposto que vigorou no século XIX.
Nos anos de 1960, António Tabucchi (1943-2012) foi desassossegado pela obra de Fernando Pessoa, na Universidade de Sorbonne. Decidiu então estudar português para a compreender melhor. E em Requiem: uma alucinação, o escritor italiano tem encontro marcado com o fantasma do “maior poeta do século XX”.
Em 2013, existiam 12 telhados verdes em Lisboa, com um total de 52 metros quadrados. Um grupo de investigadores da NOVA FCSH e da Universidade do Porto analisou os telhados da cidade adequados a uma cobertura com vegetação, através de uma metodologia inovadora, e a estimativa a que chegou é surpreendente.