“O Movimento das Forças Armadas prosseguirá na sua ação libertadora” era o título em parangonas da segunda edição do Diário de Lisboa, no dia 25 de abril. A cobertura do vespertino ficou marcada pela ingenuidade e pelo deslumbramento, descreve uma investigadora da NOVA FCSH.
Nasceu no período da monarquia, viveu durante a Primeira República e o Estado Novo e morreu depois do 25 de abril, em 1983. Foi uma personalidade marcante pelo seu papel enquanto ativista a favor das causas feministas e dá nome a rua perto das Portas de Benfica.
Diz-se que é uma das zonas mais ricas em edifícios de tipologia operária – conhecidos como vilas operárias –, solução encontrada pela cidade para acolher os trabalhadores fabris vindos de todo o país, mas é muito mais do que isso. Descubra neste roteiro uma outra Graça, onde figuras literárias, fado e outras teias de cultura se cosem com a...
Nos anos de 1970 e 1980, passaram pelo no n.º 79 do Largo da Graça, no rés-do-chão da Vila Sousa, algumas das personalidades mais relevantes das artes e letras portuguesas. Mas a maior delas seria talvez a anfitriã.
Escritora, professora e olisipógrafa, Angelina Vidal usou as palavras para promover os direitos das mulheres operárias, que viviam com grandes dificuldades financeiras. Esta foi uma realidade que também conheceu de perto na maior parte da sua vida.
Sabia que o cheiro e as formas do loureiro, uma das primeiras árvores avistadas por aqueles que atracavam no porto de Lisboa, inspiraram viajantes do século XIX e inícios do século XX? Nesse tempo, houve quem a contrastasse com a poluída e industrial capital britânica.
Durante quase uma década (1999-2008), a revista Faces de Eva, da NOVA FCSH, organizou por freguesias a toponímia no feminino da cidade: de bairros e avenidas a praças e becos. A série “Lisboa no feminino” conta as histórias que esses nomes revelam.
O primeiro bangladeshi, natural da região de Sylhet, chegou a Lisboa em 1993. Terá sido por seu intermédio que outros lhe seguiram o exemplo. Começaram por trabalhar em setores desfavorecidos, mas rapidamente se tornaram empresários. Em 2008, detinham mais de 150 lojas entre o Martim Moniz, os Anjos e a Baixa lisboeta.
No início do século XXI, o Bairro Alto parecia uma galeria a céu aberto de graffiters. Enquanto o poder público tentava limpar a “sujidade” das paredes do bairro, um investigador da NOVA FCSH associou-a a um dos maiores movimentos artísticos do século XX.
Sinónimo de educação e uma arma contra os “malefícios da taberna”, o teatro nacional viveu no século XIX uma das maiores reformas nacionais, em particular no cenário lisboeta.
Até quase aos finais do século XX, Lisboa foi uma cidade de escritos nas janelas e de inquilinos que mudavam de casa a cada seis meses, desejosos de contrariar a monotonia do quotidiano.
Em 1984 já podiam ver-se alguns b-boys a dançar em locais da baixa lisboeta. A cultura hip hop, potenciada pelo cinema, as novas estações de rádio e a televisão, atingiu o seu auge no país nos anos de 1990, servindo de inspiração até a campanhas políticas.
O que Almada Negreiros pintou nas gares marítimas de Lisboa desafiou a imagem mitificada do Portugal salazarista. As objeções estéticas colocadas ao mais alto nível não disfarçaram a desconfiança política, revela uma investigação em História da Arte da NOVA FCSH.
Foi a primeira mulher a exercer a profissão de jornalista em Portugal. Integrou as redações de dois influentes jornais lisboetas e fez parte do primeiro movimento feminista português. O seu legado permanece numa rua de Belém, como símbolo de jornalismo, liberdade e igualdade no feminino.
Foi nos campos de Alvalade que se experimentou um novo programa de habitação económica com base nos trabalhos preliminares de De Groer, iniciados em 1938, que conduziriam ao Plano Diretor da Cidade de Lisboa.