Conhecida também como a Casa Malhoa, foi a primeira casa-de-artista da capital, onde residiu o pintor naturalista José Malhoa.
Só por si, a casa impõe-se entre a Avenida 5 de Outubro e a Rua Pinheiro Chagas. Projetada pelo arquiteto Norte Júnior em 1904 e prémio Valmor em 1905, foi a primeira casa-de-artista da capital, autorizada pela Câmara Municipal de Lisboa para residência e atelier de José Malhoa. A sua história está registada na tese de mestrado em Museologia (2012) de Raquel Morgado, que defende a interligação entre o edifício, a coleção e o patrono na comunicação das casas-museu.
Fruto de uma depressão pela morte do irmão e da mulher em dois anos, José Malhoa decide vender a casa e vai fixar atelier na Rua do Rosário. O oftalmologista e colecionador de arte Anastácio Gonçalves adquire-a em 1932, tornando-a sua residência e, sobretudo, espaço para acolher as peças que vai comprando. Em 1969, por sua vontade, o edifício e o espólio são legados ao Estado Português com a condição de aí se criar um museu, aberto ao público em 1980.
No interior, a Casa-Museu acolhe cerca de três mil peças reunidas por Anastácio Gonçalves, representativas de pintura portuguesa dos séculos XIX e XX, porcelana chinesa e mobiliário português e estrangeiro. Além deste acervo, a Casa-Museu tem um conjunto de desenhos e aguarelas do pintor naturalista Silva Porto.