De Amália Rodrigues a Maria Alice, há sete ruas e um jardim da capital com o nome de fadistas que deixaram marca neste género e na toponímia.
É na freguesia das Avenidas Novas que se encontra o Jardim Amália Rodrigues, fadista pioneira no canto dos poemas de grandes autores portugueses, como Luís de Camões ou Manuel Alegre. Estranha Forma de Vida é um dos fados mais marcantes de uma carreira emblemática com vários prémios internacionais.
Tal como Amália Rodrigues, Hermínia Silva, que dá nome a uma rua na freguesia da Ajuda, foi condecorada com a Medalha de Ouro da Cidade de Lisboa. Cantora conhecida pela “grande capacidade de comunicação com o público”, como a caracteriza a revista Faces de Eva, revelou versatilidade ao atuar na rádio, revista, cinema e televisão.
Com uma rua também na freguesia da Ajuda, Maria Teresa de Noronha, descendente dos Condes Paraty, é considerada um exemplo da arte de bem cantar. Foi a fadista que deu início ao programa televisivo Fados e Guitarradas que esteve no ar 23 anos seguidos.
Também a portalegrense Lucília do Carmo contribuiu para a celebração do fado na capital ao abrir uma Casa de Fados – A Adega da Lucília, mais tarde designada por O Faia. A antiga freguesia de S. Francisco Xavier, que agora integra a freguesia de Belém, homenageou a intérprete com a atribuição do seu nome a uma das ruas.
Maria Albertina, a cantora de opereta História do Fado, que dedicou duas décadas da sua carreira a atuações n’O Faia, deu origem a uma rua com o seu nome localizada na freguesia do Lumiar.
No ano 2000, foram acrescentadas mais três fadistas à toponímia desta freguesia por edital municipal: Rua Maria do Carmo Torres, uma das figuras que contribuiu para a internacionalização do fado; Rua Maria José da Guia, personalidade marcante do Bairro de Alfama; e a Rua Maria Alice, artista que se destacou na década de 1930.
Trabalho realizado por Kateryna e Marta Véstias, na Unidade Curricular de Produção Jornalística, do curso de Ciências da Comunicação da NOVA FCSH, lecionada por Marisa Torres da Silva. Teve como base o dossier Toponímia no Feminino publicado na revista Faces de Eva (1999-2008), cuja fonte principal foi o Gabinete de Estudos Olisiponenses. A distribuição da toponímia por freguesias, realizada naquele dossier, foi atualizada tendo em conta a nova divisão administrativa.
Imagem de Feliciano Guimarães