A missão de conhecer Lisboa continua a ser o motor deste projeto que tem vindo a crescer ao longo de quatro anos. A caminhada começou a 28 de novembro de 2016 e desde então que se aprecia Lisboa através da lupa da investigação da NOVA FCSH.
São cerca de 10 minutos o percurso a pé pela Rua Gomes Freire, que começa no Campo Mártires da Pátria e acaba quase na Praça José Fontana. No entanto, a Lisboa de Gomes Freire de Andrade (1757-1817) era, em finais do século XVIII, uma cidade em recuperação, retrata uma historiadora da NOVA FCSH.
Contar e conhecer Lisboa tem sido a essência deste projeto desde que nasceu, a 28 de novembro de 2016. As estórias da História da cidade alimentam aquela que é uma das principais características do ser humano: a curiosidade.
O caminho que as varinas percorriam da Ribeira ao cimo das Avenidas Novas, com canastras de peixe fresco à cabeça, revela muitos locais, passa por baixo de viadutos e faz-se entre ruas estreitas e casas vestidas de azulejos e flores.
Com o imenso Tejo em fundo, a área mais oriental de Lisboa começa a ganhar contornos criativos e cosmopolitas. As fábricas abandonadas transformam-se em lojas, espaços colaborativos e restaurantes. Mas a traça dos edifícios e as vilas operárias não deixam esquecer o passado.
No dia 28 de novembro de 2016, nascia um projeto há muito desejado, mas também um desafio cujo rumo se desconhecia. Tudo em nome de uma cidade que tanta estórias nos tem dado.
Entre o Bairro Alto e a Praça do Comércio, há marcas de criação artística estudadas por investigadores da NOVA FCSH que por vezes escapam a uma primeira vista mais apressada.
São seis dos mais procurados miradouros de Lisboa. Têm em comum vistas inesquecíveis sobre diferentes faces da cidade e nomes de figuras femininas, quase todas religiosas.
Que relação têm as famílias lisboetas com os seus animais de estimação? Uma tese de mestrado em Sociologia confirma que as famílias consideram os cães e gatos parte do agregado familiar e que a própria rotina é alterada em função deles.
O que dizem os objetos sobre quem os usou? Um estudo arqueológico procura retratar o quotidiano doméstico e comercial da Casa dos Bicos, antes do terramoto de 1755.
Nas primeiras décadas do século XVIII, Lisboa lutava contra as epidemias através de uma estratégia higienista que incluía um novo sistema de limpeza, saneamento urbano e alargamento das ruas. Contudo, o Terramoto de 1755 trocaria as voltas à cidade.
Entre 1733 e 1833, imperou em Lisboa uma estratégia higienista, apenas interrompida pelo Terramoto de 1755. O caso era sério: a cidade era assolada por todo o tipo de surtos epidémicos, que se multiplicavam com facilidade.
Sabia que, das 150 avenidas de Lisboa que existiam em 2007, apenas seis tinham nomes de mulheres e que metade fica na freguesia do Lumiar? Conheça as mulheres cujos nomes dão nome a avenidas de Lisboa.
São sete as rainhas de Portugal que dão nome a ruas de Lisboa. O popular bairro da Boavista lidera, com três.
Uma tese de mestrado estudou a vida social da população hindu realojada em finais dos anos de 1990 no Bairro do Armador, em Marvila. Vinte anos depois, como vive esta comunidade num bairro associado à sua etnia e cuja voz não se faz ouvir?