Carolina Beatriz Ângelo foi mais do que a primeira mulher a votar na Península Ibérica: a feminista abriu caminhos para a igualdade de acesso entre géneros ao longo das décadas. Tinha apenas 33 anos quando faleceu nas escadas da sua casa, no dia 3 de outubro de 1911, a poucos dias de festejar o primeiro ano da Implantação da República por que...
Se hoje é possível ser-se mulher e ingressar na Polícia, é porque uma voz feminina apresentou soluções para resolver um problema que se vivia em Lisboa na década de 1920: a prostituição regulamentada. Mas como é que os dois temas se relacionam? Uma investigação da NOVA FCSH explica como tudo começou no ingresso das mulheres na Polícia.
Sabia que a licença de parto nem sempre foi remunerada? E que na fábrica de tabaco, em Xabregas, a maioria dos trabalhadores era mulher? Uma investigação da NOVA FCSH mostra as condições de vida destas operárias e como conseguiram conciliar o seu trabalho com a maternidade até à instituição de direitos materno-infantis.
Mulheres são agredidas sobretudo por parceiros e ex-parceiros, no espaço privado. Primeiro inquérito municipal à violência doméstica e de género no concelho de Lisboa foi realizado pelo Observatório Nacional de Violência e Género do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da NOVA FCSH.
Benvinda foi um dos casos mais icónicos estudados por Miguel Bombarda, diretor do então Hospital de Rilhafoles, em Lisboa, entre o final do século XIX e no início do século XX. A mulher tinha microcefalia e foi estudada em vida e depois da morte.
O confronto entre o feminismo, a ciência e a bruxaria das quiromantes marcou o início do século XX, na capital lisboeta.
Com apenas 17 anos assumiu responsabilidades na fundação do Museu Rafael Bordalo Pinheiro e já negociava peças de arte. Julieta tornou-se historiadora e crítica de arte e organizou as mais importantes exposições na capital no século XX. Uma vida dedicada à arte e à escrita, eternizada numa rua lisboeta.
Carolina Beatriz Ângelo fez o mais difícil no início do século XX: votar. O ato ficou imortalizado em fotografia, na freguesia de Arroios, em Lisboa, ao lado de Ana de Castro Osório. Porém, ainda havia muitas lutas por travar para a afirmação de género.
Jornalista e ativista, Maria Lamas desafiou os cânones da mulher no Estado Novo: divorciou-se duas vezes, esteve exilada em França e foi presa quatro vezes. Mãe de três filhas, chegou a passar dificuldades económicas e tornou-se numa figura incontornável na defesa dos direitos das mulheres em Lisboa e no país.
Decidiu fundar duas editoras, escrever para os mais jovens e ser uma das pioneiras na literatura infantil. Ana de Castro Osório foi feminista, republicana, maçónica e escritora. Esquecida durante algum tempo, está viva nas suas obras e colaborações.
A Exposição de Livros Escritos por Mulheres, organizada pelo Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (CNMP), agitou o poder político do século passado. Adelaide Cabete e Maria Lamas, figuras incontornáveis da sociedade lisboeta, foram as diretoras desta associação feminina que se manteve por 33 anos.
Sabia que, das 150 avenidas de Lisboa que existiam em 2007, apenas seis tinham nomes de mulheres e que metade fica na freguesia do Lumiar? Conheça as mulheres cujos nomes dão nome a avenidas de Lisboa.
São sete as rainhas de Portugal que dão nome a ruas de Lisboa. O popular bairro da Boavista lidera, com três.
Sabe quem foi a primeira mulher portuguesa a falar em público? E a primeira a usar o próprio nome em vez de um pseudónimo masculino num jornal? Descubra seis mulheres pioneiras, cujos feitos marcaram a história e deram nomes a ruas de Lisboa.
De Amália Rodrigues a Maria Alice, há sete ruas e um jardim da capital com o nome de fadistas que deixaram marca neste género e na toponímia.