O primeiro bangladeshi, natural da região de Sylhet, chegou a Lisboa em 1993. Terá sido por seu intermédio que outros lhe seguiram o exemplo. Começaram por trabalhar em setores desfavorecidos, mas rapidamente se tornaram empresários. Em 2008, detinham mais de 150 lojas entre o Martim Moniz, os Anjos e a Baixa lisboeta.
No início do século XXI, o Bairro Alto parecia uma galeria a céu aberto de graffiters. Enquanto o poder público tentava limpar a “sujidade” das paredes do bairro, um investigador da NOVA FCSH associou-a a um dos maiores movimentos artísticos do século XX.
Sinónimo de educação e uma arma contra os “malefícios da taberna”, o teatro nacional viveu no século XIX uma das maiores reformas nacionais, em particular no cenário lisboeta.
Até quase aos finais do século XX, Lisboa foi uma cidade de escritos nas janelas e de inquilinos que mudavam de casa a cada seis meses, desejosos de contrariar a monotonia do quotidiano.
Nos anos de 1960, António Tabucchi (1943-2012) foi desassossegado pela obra de Fernando Pessoa, na Universidade de Sorbonne. Decidiu então estudar português para a compreender melhor. E em Requiem: uma alucinação, o escritor italiano tem encontro marcado com o fantasma do “maior poeta do século XX”.
Em 2013, existiam 12 telhados verdes em Lisboa, com um total de 52 metros quadrados. Um grupo de investigadores da NOVA FCSH e da Universidade do Porto analisou os telhados da cidade adequados a uma cobertura com vegetação, através de uma metodologia inovadora, e a estimativa a que chegou é surpreendente.
Em 1984 já podiam ver-se alguns b-boys a dançar em locais da baixa lisboeta. A cultura hip hop, potenciada pelo cinema, as novas estações de rádio e a televisão, atingiu o seu auge no país nos anos de 1990, servindo de inspiração até a campanhas políticas.
O que Almada Negreiros pintou nas gares marítimas de Lisboa desafiou a imagem mitificada do Portugal salazarista. As objeções estéticas colocadas ao mais alto nível não disfarçaram a desconfiança política, revela uma investigação em História da Arte da NOVA FCSH.
Foi a primeira mulher a exercer a profissão de jornalista em Portugal. Integrou as redações de dois influentes jornais lisboetas e fez parte do primeiro movimento feminista português. O seu legado permanece numa rua de Belém, como símbolo de jornalismo, liberdade e igualdade no feminino.
No século XIX, o marquês de Sousa Holstein, vice-inspetor da Academia de Belas Artes de Lisboa, tentou adquirir objetos de várias artes para formar um “museu central”. Entre esses objectos estava o Grande Panorama de Lisboa, um painel de azulejos com 23 metros de comprimento. Hugo Xavier, investigador da NOVA FCSH, relata o longo e curioso...
Foi nos campos de Alvalade que se experimentou um novo programa de habitação económica com base nos trabalhos preliminares de De Groer, iniciados em 1938, que conduziriam ao Plano Diretor da Cidade de Lisboa.
A reconversão dos teatros em salas de cinema foi o primeiro passo para a associação do cinema a edifícios imponentes e vanguardistas. Mas rapidamente a sétima arte procurou outras casas.
A rainha Isabel II de Inglaterra visitou Lisboa e outros pontos do país em fevereiro de 1957, a poucos dias do arranque das emissões televisivas regulares, a 7 de março. Uma investigação em Ciências da Comunicação revela preocupações políticas e técnicas para o êxito da sua cobertura.
A relação das salas de cinema com a natureza das artes nem sempre foi tão clara como agora. As primeiras projeções cinematográficas em Lisboa foram feitas em recintos que tanto acolhiam peças de teatro como espetáculos de circo.
Foi no dia 18 de junho de 1896, às 20h45, que o animatógrafo se estreou no Real Coliseu de Lisboa, na Rua da Palma. As atenções dividiram-se entre a “fotografia viva” e a “última maravilha da técnica”.