A mobilidade e o turismo vieram alterar a essência de bairros históricos como Alfama. O aumento de residências turísticas antes da pandemia provocou o desagrado de residentes, mas não o suficiente para formar uma onda de indignação, demonstra uma investigação da NOVA FCSH.
A redescoberta de um fragmento musical do Ofício da Trasladação das relíquias de São Vicente para Lisboa trouxe à luz duas personagens importantes na narrativa: um rei e um presbítero. É neste Ofício que São Vicente é, pela primeira vez, indicado como o padroeiro de Portugal, revela uma investigação da NOVA FCSH.
O porto de Lisboa transformou-se numa das maiores vias de transação marítima na Idade Moderna. Descobertas de embarcações na cidade revelam que não eram apenas os navios de transporte fluvial e transoceânico que entravam nos ancoradouros: também os de transporte colonial faziam parte das rotas que chegavam à cidade.
O distrito de Lisboa é a maior casa de imigrantes brasileiros, mas poucos estudos referem a situação da mulher brasileira imigrante. Uma dissertação de mestrado da NOVA FCSH descortina esta realidade na capital.
Escreveu sobre as festas religiosas e o catolicismo em Lisboa, mas ignorou a reconstrução da cidade após o terramoto de 1755. Aos olhos de William Beckford, escritor e político inglês, esta era a cidade no final do século XVIII.
A Mouraria e a Rua da Palma tiveram diferentes rostos ao longo de quatro séculos, mas hoje esta rua é apenas vista como a ligação para a Praça do Martim Moniz e extensão da Avenida Almirante Reis. Que identidade (quase) perdida é esta da Rua da Palma e do vale da Mouraria? Um investigador da NOVA FCSH dá a resposta.
Sabia que a zona envolvente do Campo Mártires da Pátria não foi prejudicada pelo terramoto de 1755? Este acontecimento mudou a face da Colina de Santana transformando-a na “Colina da Saúde”, refere uma investigadora da NOVA FCSH.
São 739 pátios e 416 vilas operárias que quantificam a pobreza dos habitantes da Lisboa Oitocentista. Estes aglomerados modificaram a paisagem urbana e espacial da cidade, mas nem todos os que residiam nestas paupérrimas habitações trabalhavam nas fábricas que floresciam na cidade e na periferia, explica Gonçalo Antunes, investigador da NOVA FCSH.
É do conhecimento geral que a industrialização em meados do século XIX trouxe a Lisboa mais pessoas e mais necessidades de tudo: habitação, condições sanitárias e ordenação do espaço urbano. Porém, ao contrário do que seria de esperar, a resposta a estes desafios não veio dos Governos. Foi neste cenário peculiar que nasceram os pátios e as vilas...
“Minuto Zero: o ‘regime’ vai cair.” Este é um dos títulos que marcam a história de um país e de um jornal. Jornalistas do Diário de Lisboa contam como foi.
Desde o primeiro número que o Diário de Lisboa anunciava uma longa vida dedicada a ser o primeiro, inegavelmente, na cultura.
Entre entradas, saídas, correrias e palavras cruzadas, o Diário de Lisboa viveu mais de meio século sob o olhar atento da Censura. As memórias dos que nunca desistiram de trazer aos leitores as notícias, mesmo que tivessem de ser escritas nas “entrelinhas”.
Foram centenas os jovens escritores e outras personalidades que se estrearam no Diário de Lisboa Juvenil, entre os quais Alice Vieira e Luís Castro Mendes, que contam como foi crescer na escrita e na oposição ao regime.
Enquanto toda a Europa se rendia ao Jazz depois da primeira Guerra Mundial, e os loucos anos 20 se deixavam influenciar pelo estilo musical afro-americano, Lisboa recebia-o como um símbolo de modernidade e cosmopolitismo, mas com muita resistência pela imprensa.
Foi o primeiro a escrever críticas televisivas e o Diário de Lisboa o primeiro jornal a publicá-las. Mário Castrim escreveu mais de três mil críticas sobre o estado do país através da lente da televisão.